Escopo do Diagnóstico

SUBETAPA 2.2 

DEFINIÇÃO DO ESCOPO DO DIAGNÓSTICO 

O escopo do Diagnóstico é uma forma de estabelecer limites para o projeto e determinar com exatidão as metas, os prazos e os entregáveis da Etapa. Consiste na definição conjunta (IBAMA/UnB) dos objetivos do Diagnóstico. As perguntas motivadoras a serem realizadas pelo Instituto nessa subetapa seriam:

Quais são as necessidades específicas que motivaram a realização deste diagnóstico?

Como o contexto atual (interno e externo) influencia ou impacta o escopo deste diagnóstico?

Existem fatores ambientais, políticos, sociais ou econômicos relevantes que devem ser considerados?

Quais são os recursos disponíveis (humanos, tecnológicos) para a realização deste diagnóstico?

Existem limitações ou restrições (temporais, orçamentárias, legais) que podem afetar o diagnóstico?

Quem são os stakeholders envolvidos ou afetados por este diagnóstico?

Quais são os potenciais riscos e desafios associados a este diagnóstico?

Quais são os resultados esperados deste diagnóstico?

Somente por meio da compreensão do objetivo do Diagnóstico será possível definir qual será seu(s) tipo(s) e quais dados serão coletados e analisados. 

FLUXO DA SUBETAPA 2.2

1. Revisão da Literatura 

A revisão da literatura é um processo essencial que envolve a análise detalhada de estudos, teorias e práticas sobre o tema. Esta etapa fornece base teórica, ajuda a identificar lacunas no conhecimento atual e situa o problema de pesquisa no contexto mais amplo da arquivística. Além disso, auxilia na escolha de metodologias adequadas (Subetapa 2.3), permite a comparação com práticas e padrões de outras organizações (benchmarking), e contribui para a validação das conclusões e desenvolvimento de recomendações pragmáticas. Realizar uma revisão de literatura sistemática e criteriosa não só enriquece a compreensão do tema, mas também assegura a construção de um diagnóstico bem fundamentado, essencial para a produção de conhecimento técnico em gestão de documentos e informações.

2. Pesquisa Documental 

Esta fase compreende a identificação, coleta e análise de todos os documentos já produzidos pelo IBAMA referente aos assuntos tratados no diagnóstico. Exemplos: diagnósticos anteriores, inventários de documentos, mapeamentos dos acervos documentais dos setores de trabalho, normas, instruções, rotinas, relatórios e estudos arquivísticos do Instituto, bem como outros documentos análogos.

3. Identificação das Necessidades e Objetivos

Esta fase é crucial para o sucesso do diagnóstico. Ela exige a análise das demandas específicas do IBAMA. Este processo começa com uma comunicação detalhada e estruturada com todas as partes interessadas. É essencial engajar-se em diálogos diretos para compreender não apenas os desafios e problemas existentes, mas também para identificar oportunidades que podem ser aproveitadas. Por meio deste diálogo colaborativo, é possível obter insights valiosos que guiarão a formulação de objetivos claros e precisos para o diagnóstico. Esses objetivos, por sua vez, servirão como balizadores para todas as atividades subsequentes, assegurando que o diagnóstico esteja alinhado com as expectativas e metas da Instituição, bem como para responder efetivamente às suas necessidades reais.

4. Identificação dos Stakeholders

Esta fase é fundamental para garantir a eficácia e relevância do diagnóstico. Envolve a identificação das partes interessadas, incluindo, mas não se limitando a, usuários finais, equipes de gestão de documentos, parceiros externos (Ex.: Arquivo Nacional - AN, Ministério do Meio Ambiente - MMA, etc.), e quaisquer outras partes que possam ser impactadas ou tenham interesse nos resultados do diagnóstico. A chave para o sucesso nesta fase está em não apenas listar esses grupos, mas também mergulhar na compreensão de suas expectativas, necessidades específicas e requisitos. Isso exige uma abordagem interativa, envolvendo entrevistas, pesquisas, e reuniões para captar as nuances de cada grupo de interesse. Compreender as perspectivas variadas dos stakeholders é vital para assegurar que o escopo do diagnóstico seja alinhado com as demandas e expectativas de todos os envolvidos. Esta abordagem inclusiva é o alicerce para um diagnóstico eficaz e abrangente.

5. Identificação do Universo e Amostra de Pesquisa

Na fase de identificação do universo e amostragem para o diagnóstico no Ibama, a seleção de setores é estrategicamente diversificada, incluindo aqueles com intervenções necessárias em gestão documental e também setores que exemplificam práticas exemplares, como a ausência de produção de papel e/ou processos bem organizados. Esta abordagem dual assegura uma amostra verdadeiramente representativa, refletindo tanto as áreas de desafio quanto de sucesso no Instituto. Os critérios para escolha abarcam a urgência de intervenção, impacto das práticas atuais nos processos, e exemplos de eficiência e inovação. Tal diversidade na amostra proporciona uma visão global equilibrada, essencial para um diagnóstico abrangente e eficaz que identifique tanto necessidades de melhoria quanto práticas a serem replicadas na Instituição.

6. Estabelecimento dos Perfis Necessários dos Respondentes

Para a pesquisa de diagnóstico no Ibama, é vital selecionar respondentes com conhecimento específico sobre as necessidades documentais de suas áreas. Os critérios para escolha dos perfis incluem:

A seleção de respondentes com esses perfis assegura a coleta de informações assertivas, cruciais para um diagnóstico efetivo no Instituto.

7. Tipo de Dados e Indicadores a Serem Coletados

Na pesquisa de diagnóstico do Ibama, é essencial coletar uma série de dados e indicadores específicos para compreender de forma abrangente a gestão documental. A coleta de dados foca em identificar os tipos de documentos produzidos, avaliar o volume e os locais de armazenamento, tanto físicos quanto digitais. Será examinada a organização dos documentos, seu estado de conservação e as metodologias de acesso e consulta. Estes aspectos, juntamente com outros dados prioritários identificados pelo Setor de Arquivo, proporcionarão uma compreensão integral das práticas de gestão documental no Instituto.

8. Identificação de Critérios de Sucesso

Esta fase envolve a definição de parâmetros específicos e mensuráveis que permitirão avaliar o êxito da iniciativa. Estes critérios devem abranger aspectos como a qualidade dos dados (abrangendo sua precisão, integridade e relevância), a facilidade e segurança no acesso às informações, a aderência rigorosa a normas e regulamentos pertinentes, e a eficiência e eficácia dos processos de gestão de dados. Estabelecer esses critérios de forma clara e detalhada é crucial para monitorar o progresso do diagnóstico e garantir que os resultados finais atendam às expectativas e necessidades do Ministério.

9. Avaliação dos Recursos Disponíveis

Esta fase é fundamental para garantir a viabilidade do diagnóstico. Envolve o exame dos recursos à disposição, englobando não apenas o pessoal e suas competências, mas também a tecnologia disponível e o tempo necessário para realizar o diagnóstico de forma eficiente. Esta avaliação criteriosa é importante para estabelecer um escopo realista e factível, assegurando que as metas e objetivos do diagnóstico possam ser alcançados dentro das limitações de recursos existentes. Uma definição precisa dos recursos disponíveis permite uma alocação eficaz e evita sobrecargas ou atrasos, contribuindo significativamente para o sucesso geral do projeto.

10. Documentação Formal do Escopo

Esta etapa envolve a criação de um documento abrangente que formalize o escopo do diagnóstico, integrando todos os elementos discutidos anteriormente. É imperativo que este documento seja articulado de maneira clara e precisa, assegurando que todos os aspectos, desde a definição das áreas de foco até a alocação de recursos, sejam descritos de forma concisa e compreensível. Essa documentação, aqui denominada de documento de visão, será estruturada de modo a ser facilmente acessível e inteligível para todas as partes interessadas, facilitando o alinhamento e a compreensão comum dos objetivos, métodos e expectativas do diagnóstico. A documentação formal do escopo também é um instrumento para a comunicação efetiva e a gestão eficiente do diagnóstico, servindo como um guia de referência ao longo de todo o processo. 

ESCOPO DO DIAGNÓSTICO

DOCUMENTO DE VISÃO 

O Documento de Visão definirá o escopo de alto nível e o propósito do Diagnóstico Arquivístico do IBAMA. Ele fornece uma visão ampla do produto que se pretende desenvolver. Este documento é especialmente útil nas fases iniciais do projeto, pois permite a identificação e inclusão de diversas perspectivas relacionadas ao diagnóstico.

Sua função primordial é atuar como um guia para prevenir problemas comuns e potencialmente onerosos que podem surgir durante o processo de diagnóstico. Isso é alcançado ao assegurar que o conteúdo do documento seja amplamente acessível e compreendido por todos os envolvidos no projeto.

Para uma compreensão detalhada, acesse o "Documento de Visão do Diagnóstico", elaborado em parceria pela Universidade de Brasília (UnB) e o Setor de Arquivo do IBAMA, disponível para consulta. Este documento é uma ferramenta indispensável para todos os participantes do processo de diagnóstico, oferecendo diretrizes claras e abrangentes para a realização eficaz do projeto.